Não sei em que dia me encontro ou em qual noite descanso.
Tudo é como as águas de um rio que descem caudalosas e cautelosas e nada as
detém.
Sou feito o sol escondendo-se da chuva e só voltando
quando esta já partiu. Fugir da vida não posso. O chão que me espreita é
paciente pois tem em si a certeza que me terá um dia. Não fujo do encontro, só
retardo o que certo é.
Ela vejo em sonho e seus cabelos e olhar me dizem amar.
Fecho os olhos e sua visão faz-se mais nítida. Estamos do lado oposto da hora.
Não sei em qual órbita ficou guardado o nosso encontro.
Espero pacientemente e caminho na direção contrária do
medo, pois tenho em mim a certeza que o nosso dia chegará.
Roberval Silva
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