domingo, 27 de janeiro de 2019

NO TERCEIRO TEMPO! - Roberval Silva


Já pressinto, sei que está chegando a hora
Ninguém se entende, este mundo é só baderna
É muita guerra, uma fome arrasadora
O descaso versus a cidadania
                                                                      
A miséria já é um mal necessário
E o povo sem saída só espera
Que venha o corte desse mar de privilégios
Que favorece uma influente minoria

E que do mar, pelo vento, venha a ventura
Em ondas de paixão, espelho da vingança
E sobrepujando a terra, desfaça a abastança
Diluviando a luz neste sol de amargura

Que no rumor das torrentes, se igualem as diferenças
Sem distinção de cor, de raça ou de patente
Operário, sem salário, general ou presidente
O mesmo peso e medida ante o credo e sua crença

A aroeira dobrará qual ramo de trepadeira
O leão, símbolo da força, perde o poder tal qual Nero
Todos os olhos a chorar sem desvendar o mistério
A força bélica do mundo, mais um brinquedo de feira

O sol se pondo não mais nascerá
Não haverá mais lua, nem noite, nem dia
No tempo não mais terá o tempo da cronologia
As horas não passarão e o vento não mais soprará.

Roberval Silva

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