As pessoas boas recordo meu
avô
Uma lembrança perdida
Que não a alcança os olhos
É a memória que viaja
Pelo passado dos meus verdes
dias
O presente tão sem cor
Que quase só de memórias sou
feito
E o passado não roda moinho
Mais roda o tempo ao revés
Trazendo-me pelo tempo
A criança que um dia fui
E o meu avô, seu braço forte
Seu olhar severo, seu coração
mole
Seu jeito de encantar
Ele era tão criança
E me disse no meu tempo de
menino
Vai pela vida meu filho
Que esse mundo é todo seu
Plante o amor
e colherá a paz
Plante a certeza
e colherá a realização
Plante a vida
e colherá a vida eterna
E sede como a água meu filho
Corra sem parar
Corra mesmo sem ter onde
chegar
Corra mesmo sem saber onde
vai dar
O que importa se o fim da
corrida é a terra... ou o mar?
O importante é semear
A essência da vida por onde
passar
Que a vida lhe seja em
excesso
E que o mar “mundo” esteja
feliz
com a sua chegada.
Roberval Silva
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