Ando assim pela cidade
Construindo o meu caminho
Meus passos em desalinho
Que quase inaudíveis são
Vou sorrindo pra humildade
Do meu pobre coração
Como este é inocente
Leva a missão da semente
A graça na ingratidão
De quem dá e não recebe
E da semente faz fruto
E vai se vestindo em luto
Pra alimentar seu irmão
Da ida nem se apercebe
Veja bem como é o destino
Como é a vida da gente
Que no porvir da semente
Vai viver de solidão
Luta pela ilusão
De se agarrar ao seu ninho
De se prender no caminho
De colher o que plantou
Mais a maldade gritou
Remexendo o sal da terra
Não é quem planta quem
colhe
Quem ama também faz guerra.
Ando assim pela cidade
Construindo o meu caminho
Meus passos em desalinho
Que quase inaudíveis são
Vivendo a realidade
Do meu nobre coração.
Roberval Silva
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