Parei
de escrever
Roberval Silva
Há
muito que não sei
o que a caneta quer dizer
Meus
dedos no teclado
não deslizam suavemente
Vão
andando em solavancos
Atropelando
palavras
Que
vão deixando o meu texto
Vazio
e o meu ser.
Há
muito que não sei o que escrever
Meu
pensamento divaga
Por
órbitas desabitadas
À
busca de uma existência
Que
não mais reside em mim.
Não
sei mais nem como ser
O
ser feliz que eu era
Que
numa doce primavera
Me
estacionei nesse sonho
De
existir e perseguir
O
que eu desconhecia
Mas
que guiado seguia
Pela luz no horizonte
Pela luz no horizonte
Guardada
no fim do túnel
D’onde
tenho que passar
Para
enfim assegurar
O
meu destino de ir
E
vir por aquela estrada
Que
é a mesma da ida
O
porvir da despedida
Credenciando
a chegada.
Roberval Silva
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