Chegada a plenitude dos
tempos
Qual tempo pleno, qual nada
A plenitude desastrada
A vida jogada ao vento
Girando igual catavento
Na contramão da jornada
No contracenso, contra nada
Numa ação de desalento
Perdido em seu próprio eixo
Girando em dúvida, o mundo
Sofre um direto no queixo
Na mão do homem ferido
O mundo está combalido
De rocha, já virou seixo.
Roberval Silva
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