O
mistério da noite está na sua cor
A
cor que na cor do dia se encarna
E
o dia chega à noite e se desgarra
Derramado
outra vez na sua própria cor
Devolvido
outra vez à sua própria dor
O
rio corre lento e deslumbrante
Pois
a pressa já o levou a derramar
Agora
o seu derrame é só no mar
Citadino
ou campesino é o seu fim
E
o mar é só o começo de mim
O
vento vai sereno e desordeiro
O
tempo comedido segue atrás
O
tempo passa e o vento se refaz
Cansou
de se espalhar em desatino
Vai
na trilha que cumpre o seu destino.
Roberval Silva
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